Araçatuba
começou a ser povoada a partir de 1.908, com a construção
da ESTRADA DE FERRO NOROESTE DO BRASIL. Naquela época, esta
região era extremamente hostil: ”...os marcos que assinalavam
as picadas, os caminhos e as passagens dos homens, eram toscas cruzes
funerárias encravadas em montes de pedras” –
“os empreiteiros tinham contratado, para lutar furiosamente
contra a compacta floresta que cobria toda a região, milhares
de operários, muitos dos quais tombaram vitimados pela malária
ou pelos índios, quando não eram corroídos
pela úlcera de Bauru* Tudo
indica que os três confrades citados acima tenham sido os
primeiros espíritas de nossa cidade. A partir daquela época
foram se deslocando para cá outras famílias que forneceram
líderes para o nascente movimento espírita. A reunião familiar do sr. Gedeão começou a receber muitos frequentadores e, vista disso, o sr. Sebastião Moreira sugeriu que fundassem um Centro Espírita. Assim, surgiu a primeira sociedade espírita em Araçatuba – A “União Espírita Paz e Caridade”, fundada em 21 de abril de 1.921. Sua primeira diretoria ficou assim composta: Presidente Gedeão Fernandes de Miranda, Vice-presidente José Fernandes de Miranda, Secretário José “Maximiliano”, Tesoureiro Clementino da Silva, Maria Júlia de Miranda, Maria Rita Baptista, João Pedro Baptista, Ephigênia Maria de Jesus e Anna Maria de Jesus. Nos
seus primeiros anos de existência a “União Espírita
Paz e Caridade” realiza três reuniões semanais:
Duas de estudo e uma mediúnica. Os livros eram adquiridos
da FEB, pelo correio, e estudavam nas reuniões: “ O
Livro dos Espíritos”. “O Livro dos Médiuns”
e “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.
Num dia festivo em comemoração ao natalício de Kardec, aos 3 de outubro de 1.941, foi inaugurado o “Abrigo Ismael”, departamento assistencial da “União Espírita Paz e Caridade”. Foi sua primeira diretora a sra. Maria Júlia de Miranda, esposa do sr. Gedeão (casados em nossa cidade em 3/7/1.922). Dentro da comemoração de inauguração do novo departamento e comemoração de 20 anos de existência da Entidade Pioneira, a preleção ficou sob a responsabilidade do jovem Ivan de Albuquerque que, naquele mesmo tempo, já vinha se dedicando com muito entusiasmo à causa espírita. Livro “O ESPIRITISMO EM ARAÇATUBA”, Cap I, “Os Núcleos Pioneiros”, pág. 01 e 02, autor Antonio Cesar Perri de Carvalho.
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